Goleados pelo Bayern no Mundial, jogadores do Auckland City têm outras profissões

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Por Renan Liskai e No Ataque – O Auckland City, da Nova Zelândia, não viu a cor da bola no duelo com o Bayern de Munique, da Alemanha, pela primeira rodada do Grupo C da Copa do Mundo de Clubes, e perdeu de forma avassaladora por 10 a 0. O clube da Oceania, autodeclarado amador, é composto por jogadores que dividem o futebol com outras profissões.

Classificado ao Mundial por ter vencido a Liga dos Campeões da Oceania – as últimas quatro edições, inclusive -, o Auckland City, fundado em 2004, carrega o status de melhor time do continente. Por outro lado, não faz frente a equipes de prateleira superior.

“O Auckland City FC é um clube amador, com nossos jogadores tendo ocupações em tempo integral fora do futebol ou estudando de alguma forma”, diz o próprio site do clube.

O atleta amador detalhou que alguns companheiros de time precisaram sacrificar as férias remuneradas para competir no Mundial de Clubes e explicou que a meta é não sofrer goleadas – não atingida no primeiro compromisso. “Se sofrermos cinco gols ou menos, acho que podemos sair do estádio de cabeça erguida. Ficaria muito feliz se deixássemos os neozelandeses e nossas famílias orgulhosos e não nos envergonhássemos. No vestiário, brincamos que faríamos uma verdadeira festa se perdêssemos por apenas 2 a 0”, completou.

Profissões dos jogadores do Auckland City

  • Adam Mitchell (Zagueiro) – Corretor de imóveis
  • Conor Tracey (Goleiro) – Estoquista
  • Mario Ilich (Meia) – Representante de vendas da Coca-Cola
  • Christian Gray (Zagueiro) – Professor em formação
  • Nikko Boxall (Zagueiro) – Corretor em empresa de seguros
  • Paris Domfeh (Meia) – Estudante universitário
  • Myer Bevan (Atacante) – Estuda educação física e personal training
  • Gerard Garriga (Meia) – Treinador em academia de futebol
  • Angus Kilkolly (Atacante) – Operador em empresa de ferramentas
  • Dylan Manickum (Meia) – Engenheiro assistente de obra
  • Ryan De Vries (Atacante) – Polidor de carros
  • Regont Murati (Lateral) – Product Owner
  • Jordan Vale (Lateral) – Professor em escola de ensino fundamental
  • Jeremy Foo (Meia) – Estudante de ciências
  • Jerson Lagos (Atacante) – Barbeiro
  • Sebastián Ciganda (Goleiro) – Limpador de piscinas
  • Dylan Connolly (Lateral) – Fisioterapeuta
  • Matt Ellis (Meia) – Assistente de vendas em empresa de alimentos
  • Adam Bell (Lateral) – Vendedor no varejo e estudante
  • Tong Zhou (Meia) – Líder de programa comunitário e educador ligado ao King’s College
  • Alfie Rogers (Lateral) – Representante de vendas da Coca-Cola
  • Natha Garrow (Goleiro) – Estudante em tempo integral
  • Michael De Heijer (Zagueiro) – Líder de equipe na LifeChanger Foundation
  • David Yoo (Meia) – Treinador comunitário de futebol
  • Ryan Ellis (Atacante) – Estudante universitário e técnico de base
  • Haris Zeb (Atacante) – Treinador comunitário de futebol
  • Areya Prasad (Goleiro) – Estudante do St. Peter’s College
  • Jackson Manuel (Meia) – Treinador comunitário de futebol

A sala de troféus do Auckland está cheia: são 13 títulos da Liga das Campeões da Oceania e 12 conquistas do Campeonato Neozelandês. Todos estes troféus compartilham espaço com taças de competições locais menores.

As conquistas continentais tornaram o Auckland City presença constante em Mundiais de Clubes. A equipe neozelandesa disputou 12 edições no antigo formato na competição e será a única representante na Oceania neste ano -há apenas uma vaga para o continente, destinada ao melhor time no ranking da Fifa.

A soberania tem uma “ajuda” de outros times locais. O Wellington Phoenix e o Auckland FC surgiram como times profissionais na Nova Zelândia, mas decidiram se filiar à federação da Austrália. Portanto, atuam nas competições australianas e disputam torneios continentais na Ásia, uma vez que a Austrália deixou a Confederação da Oceania para jogar na Confederação Asiática.
Sem os australianos e os times profissionais locais, a missão ficou “mais fácil”. O Auckland City enfrenta, além de outros times amadores da Nova Zelândia, equipes de países menores, como Papua Nova-Guiné, Fiji e Ilhas Salomão nos jogos pela Liga dos Campeões da Oceania.

Ídolo sul-americano

O maior jogador da história do Auckland City é argentino. Emiliano Tade chegou ao clube em 2011 e permaneceu até meados de 2020. O restante da carreira foi discreto.

Tade é o jogador com mais jogos, o maior artilheiro e o maior assistente da história do Auckland City. Ao todo, ele participou de 230 jogos, marcou 134 gols e deu 59 assistências.

Fonte – Noataque.com.br

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